Assisti, no passado domingo, a mais um momento alto de uma
das mais antigas e importantes Instituções da cidade: as comemorações do 152º
aniversário do Montepio de Nª Senhora da Nazaré de Torres Novas.
Do que lá se passou, seguramente que outros falarão. Do que
eu senti, aqui vos deixo o meu testemunho.
Senti que, num momento em que tudo é tão efémero, se torna
cada vez mais importante a afirmação e consolidação de Instituições de
referência, que fazem da protecção social e da defesa da dignidade humana a sua
linha de conduta.
Senti, como referiu o Presidente da Direcção, Dr. Carlos
Trincão Marques, a quem a Instituição tanto deve, que o dirigismo associativo é
a mais nobre forma de dirigismo e deveria ser uma escola e um exemplo para
todos os que têm funções dirigentes.
Senti, na merecida homenagem póstuma a Amélia Pinheiro, através
de uma exposição da sua obra no salão nobre do Montepio, a saudade de muitos
dos seus amigos.
Senti, no justíssimo reconhecimento institucional e público ao
João José Lopes (João Hespanhol), a dimensão da sua estatura cívica e moral. Respeitado
por todos, o mais antigo comerciante da cidade e uma referência no dirigismo
associativo, deixou todo o auditório da Biblioteca, com um brilhozinho nos
olhos.
E, finalmente, senti e percebi que o mutualismo é partilha. Que
há coisas que têm valor e não têm preço. Que o mais importante são as pessoas.
E que são as boas pessoas que consolidam as boas Instituições.
Uma palavra de gratidão aos “La Fontinha”. A sua tocante e
envolvente participação foi a cereja em cima do bolo, feito com uma pitada de
arte e cultura, solidariedade e
altruísmo q.b., e muita e boa música, portuguesa, concerteza.
Porque foi tudo isto que senti, foi bonita a festa, pá!
Adelino Pires | Alfarrabista, 2 Junho 2014
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