Não fui à tropa.
Não porque não quisesse, mas porque não me quiseram.
Achavam
que havia muitos, depois de muito tempo acharem que havia poucos.
Não aprendi o “esquerda,
direita, em frente marche!”
Havia quem o fizesse na perfeição, alinhadinho, aprumadinho,
sem pestanejar.
Agora, os mandantes, são uns troika o Passo(s). A passos largos.
Desajeitados, desaprumados, nem sequer fizeram a recruta.
Uns, trabalhinho feito,
batem à sola. Outros, os que cá ficam, batem a pala à generala. E a
malta salta, angela, olé!
Até quando? Isto ainda aguenta, diz o banqueiro. Aperta mais
um furinho, diz a Luiz.
É assim a “democradura”: meio democracia, meio ditadura.
Ó povo, povão, chama aí um capitão, senão...
E o povo bota o voto no caixote, vira o disco e toca o
mesmo.
Eu, que não fui à tropa, não lhes faço continência.
Paciência.
adelino pires |
alfarrabista | 6 de Maio de 2014
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