18.8.14

Foi bonita a festa, pá!

Assisti, no passado domingo, a mais um momento alto de uma das mais antigas e importantes Instituções da cidade: as comemorações do 152º aniversário do Montepio de Nª Senhora da Nazaré de Torres Novas.

Do que lá se passou, seguramente que outros falarão. Do que eu senti, aqui vos deixo o meu testemunho.

Senti que, num momento em que tudo é tão efémero, se torna cada vez mais importante a afirmação e consolidação de Instituições de referência, que fazem da protecção social e da defesa da dignidade humana a sua linha de conduta.

Senti, como referiu o Presidente da Direcção, Dr. Carlos Trincão Marques, a quem a Instituição tanto deve, que o dirigismo associativo é a mais nobre forma de dirigismo e deveria ser uma escola e um exemplo para todos os que têm funções dirigentes.

Senti, na merecida homenagem póstuma a Amélia Pinheiro, através de uma exposição da sua obra no salão nobre do Montepio, a saudade de muitos dos seus amigos.

Senti, no justíssimo reconhecimento institucional e público ao João José Lopes (João Hespanhol), a dimensão da sua estatura cívica e moral. Respeitado por todos, o mais antigo comerciante da cidade e uma referência no dirigismo associativo, deixou todo o auditório da Biblioteca, com um brilhozinho nos olhos.

E, finalmente, senti e percebi que o mutualismo é partilha. Que há coisas que têm valor e não têm preço. Que o mais importante são as pessoas. E que são as boas pessoas que consolidam as boas Instituições.

Uma palavra de gratidão aos “La Fontinha”. A sua tocante e envolvente participação foi a cereja em cima do bolo, feito com uma pitada de arte e cultura,  solidariedade e altruísmo q.b., e muita e boa música, portuguesa, concerteza.

Porque foi tudo isto que senti, foi bonita a festa, pá!



Adelino Pires | Alfarrabista, 2 Junho 2014

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